Oficial encarregado de conferir e verificar os títulos de nobreza, de declarar a paz ou a guerra e de fazer proclamações solenes.

20071223

UM BOM NATAL PARA TODOS...

Mais um Natal, mais do mesmo, consumo a rodos, fome no limiar de muitos, crianças felizes, petizes com olhar triste, pais impotentes soluçando o infortúnio, outros pais na opulência buscam a última prenda, já são muitas, mas mais uma não é demais, só nos lembramos de nós, os outros estão distantes mesmo ao nosso lado, fingimos que não vimos, mas sentimos, pouco mais podemos fazer, um gesto magnânimo, um sorriso, mas depois de um voltar de cabeça o trivial, mas afinal não é só neste dia que podemos fazer alguma coisa para mudar, todos os dias deviam ser Natal, todos os dias deviamos refletir, talvez assim no futuro pudesse haver um verdadeiro Natal para todos, mas não, cada um ao seu mundo, tudo mais na mesma, o Natal vai ser sempre mais ou menos o mesmo, repete-se ano após ano, uns com tanto e outros com tão pouco e nós sempre a fingir que conseguimos ser felizes.
PORQUE ASSIM É, VOLTO AOS MEUS AMIGOS DESTE MUNDO, A DESEJAR,

Bom Ano

20070424

ABRIL SEMPRE...

Após 33 anos do dia da Liberdade, alguns de nós continuam a sonhar, já não é o que era, mas no fundo ganhámos a liberdade de falar, mas ainda não temos o direito de ser ouvidos. Deixámos de estar amordaçados por uma ditadura fascista, muita gente vive melhor, mas a maior parte continua a ter as limitações do poder "ser”. Embora muito jovem nesta data sempre ouvi falar que “a paz, o pão, a saúde, educação e habitação”seriam uma realidade para todos nós e depois de tantos e tantos anos continua a haver fome, miséria, os sem abrigo, a educação e saúde cada vez mais a tornarem-se bens preciosos para os endinheirados, a igualdade e a fraternidade a serem palavras vãs e despojadas de qualquer valor. Os Capitães de Abril e o povo lutaram pela liberdade e atingiram-na, mas a sensação que tenho após tanto tempo é que a Revolução dos Cravos foi manietada e desvirtuada pelos altos interesses do capitalismo feroz que sempre nos dominou. Somos livres de falar e sonhar (os fascistas também o são e estão a agrupar-se e a começar a mostrar as suas garras). Nós democratas e socialistas divididos por politiquices provincianas estamos cada vez mais desunidos e vamos batendo palmas e seguindo alguns líderes de diversos Partidos que não são mais do que lacaios dos grandes poderes económicos que sempre nos governaram. Estamos cada vez mais órfãos de referências, somos ovelhas tresmalhadas e amarradas em cada curral, sobrevivemos em grupos demasiado débeis ou olhamos para o nosso umbigo, sem nos lembrarmos do essencial que é “LIBERDADE A SÉRIO”, pois esta não permitiria que houvessem semelhantes nossos a serem espoliados, oprimidos e a viverem na miséria ou no limiar desta. O Abril foi e é um sonho, mas há que dar o passo seguinte que será mais fácil de transpor com os alicerces e o exemplo que a Revolução dos Cravos nos deu. Hoje vamos ter muitos a falar de Abril sem o sentir, festas falsárias, provocadores saudosistas do 24 de Abril, discursos bafientos e ocos e alguns de nós a sonhar e pensar no dia em que “O POVO É QUEM MAIS ORDENA”. ABRIL SEMPRE…! O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO…! O POVO UNIDO… QUE SAUDADES!!!

20070328

PADRE MAX

Para mim serás sempre o Maximino. Estava sempre ansioso para que chegassem as férias do Natal, Páscoa e de Verão, pois com estas, a Terra dos meus Pais tornava-se mais cheia, mais viva e colorida, não só por serem férias, mas porque me permitia desfrutar da companhia do meu amigo Maximino. Porém o meu sentimento era repartido por todas as crianças da aldeia, pois ele era o nosso amigo e companheiro das futeboladas, a criançada delirava no dia da sua chegada e todos nós íamos à espera da "carreira" para o vermos. Ele tinha sempre tempo para nós, ensinava-nos sempre algo de novo e a mim particularmente até me dava uns "rebuçados da Régua" que trazia também para os seus irmãos. Fomos crescendo e aprendendo com ele valores, embora com os hiatos da vida escolar, mas as férias eram sempre pequenas, as do Verão sabiam melhor pois eram maiorezinhas e fazíamos tanta coisa. Alem de jogar á bola, líamos em primeira mão o Comércio do Porto, jornal que era assinado pelo Padre da Aldeia e que o Maximino tinha que ir buscar aos "Correios" para lhe entregar. Sabíamos por este as notícias frescas sobre futebol e ciclismo quando decorria a Volta a Portugal. Íamos também ajudar o Maximino a regar a horta, íamos á missa para lhe agradar e conversávamos muito. No início das últimas férias de Verão que passámos juntos, um dia antes da sua chegada, tinha sido enterrado o meu Pai, ele soube logo por estranhar a minha ausência na "carreira". De imediato correu para nossa casa para nos ver e tentar consolar, era da família e acompanhou-nos mais do que o habitual a mim, aos meus irmãos e à minha mãe. O alento e o saber partilhar a dor connosco, parecia que provocava em nós menos dor. Estas férias não foram alegres nem para ele nem para nós apesar do seu esforço de o não transmitir, seriam as últimas pois ele tinha acabado o curso, ao pensar nisso demonstrei-lhe o meu temor e ele com o seu sorriso habitual, sossegou-me e disse-me que ia procurar estar comigo muitas vezes. Assim aconteceu e com o decorrer do tempo e com a idade a avançar fui-me apercebendo do quanto tinha bebido dos seus valores que giravam à volta da liberdade, fraternidade, solidariedade e igualdade. Já jovem e com dúvidas sobre a existência de Deus, tínhamos discussões e divergíamos, mas acabava por ficar mais confundido com o seu poder de argumentação e bagagem cultural. Devorava mais livros sobre o tema, para que no próximo encontro eu pudesse argumentar e dissipar as dúvidas. Apesar dos nossos esforços, nunca conseguimos chegar a comungar do mesmo pensamento neste tema. O 25 de Abril para ele foi um dia de alegria e esperança, sonhava com um País melhor, lutou por ele dentro de muitas limitações, mas a partir daí estava disposto a cerrar os dentes e lutar pelos mais desfavorecidos, a não esquecer as suas raízes e o seu Mestre. Após esta data víamo-nos menos vezes pois o seu e o meu tempo encurtaram muito com as nossas vidas e lutas. No Natal de 1975 estivemos uns dias juntos na aldeia, falámos nos erros do PREC, nos malefícios que poderiam vir com a sombra de Novembro e nas garras que a direita fascista começava a mostrar. Felicitei-o mais uma vez pelo fabuloso discurso feito no Palácio Cristal e enalteci a célebre frase (“É mais fácil um elefante entrar num buraco de uma agulha que um rico no Reino do Céu”). Falámos muito, ele relembrou-me que a sua consciência de classe foi criada e solidificada no seio da realeza e riqueza (o seu pai tinha sido feitor agrícola dos descendentes do Conde da aldeia), estava a fazer um excelente trabalho de alfabetização nas aldeias junto de Vila Real de Trás-os-Montes, seguia na íntegra os ensinamentos da Bíblia Sagrada, o Povo ouvia-o e seguia-o, as palavras de Jesus Cristo proferidas por ele estavam a entoar nos montes, vales, aldeias, vilas e cidades,tornou-se numa ameaça para a direita fascista e para a Igreja hipócrita. O mês de Abril de 1976 tinha começado, no dia 2 os cobardes fascistas decidiram que seria nesse dia que ia morrer, uma bomba com controlo remoto foi colocada no seu carro e decorridos poucos quilómetros explodiu e mataram-no a ele e a uma jovem estudante sua aluna a quem tinha dado boleia. Já não daria aulas de alfabetização nesse dia, nem nunca mais ensinaria ninguém a ler ou a seguir as palavras de Cristo, O MDLP liderado pelo General Spínola já falecido e por outros capangas, entre os quais figurava o Cónego Melo, diz-se terem sido os autores deste duplo assassinato, mas até hoje continuam impunes, nunca arranjaram provas, os culpados continuam inocentes. Mataram-no aos 33 anos, a mesma idade com que o seu Mestre tinha sido morto há muitos e muitos anos atrás. A notícia da sua morte apanhou-me de surpresa, atordoou-me, revoltou-me e um bocado de mim tinha ido com ele, estava destroçado, mas contra tudo e todos (médicos incluídos), segui para Vila Real para estar as últimas horas com ele e a sua família, já não poderia obter respostas, mas desabafaria com ele. A cidade de Vila Real acolheu dezenas de milhares de pessoas, vindas de todos os pontos do País para o último adeus ao Padre Max. Julgava que as minhas lágrimas tinham secado, mas na hora da saída do seu corpo da igreja para o cemitério, chorei copiosamente neste trajecto, a dor dilacerava-me e não conseguia controlar-me. Um desconhecido comovido com o meu sofrimento, passou-me um braço pelos ombros e perguntou-me se era meu irmão, eu balbuciei, - Sim era meu irmão meu companheiro e meu camarada. Ainda mais comovido, abraçou-se a mim e disse-me: - És ainda um menino, mas fica a saber que homens como este nunca morrem. Vais ter toda a vida orgulho dele e procurar ser como ele. Não o mataram, semearam-no. Ainda vi o seu corpo entrar para a cova, as primeiras pazadas de terra a soterrarem-no e depois disso entrei na sua escuridão, acordei com batas brancas à minha volta e a minha família ansiosa e preocupada à espera do veredicto dos médicos. Não havia problemas, estava fraco, tinha sido alimentado com soro e estava em condições de fazer a viagem de regresso. Sabes meu querido Maximino, nós estamos preparados para muita coisa, o tempo tudo cura, só não estamos preparados para resistir a bombas assassinas, como tu não estavas, mas a dor e a saudade perduram. A Igreja infame e hipócrita que te ordenou Sacerdote "nem tugiu nem mungiu" com a tua morte, nem um esboço fez para que a verdade viesse ao de cima, os criminosos que te mataram só serão julgados no Juízo Final em que tu tanto acreditavas. Ah! Se me pudesses dizer aonde está o Spínola e alguns capangas já falecidos, irias de uma vez por todas limar as nossas pequenas divergências. Para quase todos és o Padre Max, mas para mim serás sempre o MAXIMINO. Ai! Que saudades..! Será que um dia nos vamos encontrar...? AOS MEUS AMIGOS E AMIGOS DO PADRE MAX DA BLOGSFERA, PEÇO QUE FAÇAM UMA PEQUENA REFERÊNCIA NO DIA 2 DE ABRIL NOS SEUS BLOGS NÂO AO POLITICO (PORQUE ELE NUNCA O FOI) MAS A UM HOMEM BOM QUE SEMPRE SERVIU O POVO SEM SERVIR DELE E POR ISSO FOI ASSASSINADO.
TRANSMITAM AOS VOSSOS AMIGOS E TODOS JUNTOS VAMOS FAZER UMA PEQUENA HOMENAGEM INTERNACIONAL A ESTE PADRE QUE TÂO SÀBIAMENTE SOUBE TRANSMITIR OS ENSINAMENTOS DE JESUS CRISTO E POR ISSO MESMO NUNCA FOI RECONHECIDO NEM LEMBRADO, PELOS DIVERSOS PODERES DESTE PAÍS.

20070324

QUEM FOI ESTE HOMEM ?

QUEM SE LEMBRA?
QUEM QUER SABER?
Por ele vou voltar com um post, para todos ficarem a saber algo sobre ele, para lhe prestar uma singela homenagem e para solicitar aos meus e seus amigos deste mundo virtual, que me ajudem a divulgar e a recordar uma data trágica. Ele merece ser recordado pelo exemplo de vida que nos deu.
Para a próxima semana eu postarei, fiquem atentos, todos seremos poucos para lhe dar um pouco do tanto que ele merecia.

20070303

ATÉ SEMPRE COMPANHEIROS.

O fim mais ou menos anunciado tinha que acontecer: A minha vida não me dá espaço para alimentar um blog, para que o pudesse fazer teria que roubar tempo ao meu descanso ou à leitura. É certo que lia muita coisa bonita e de qualidade nos sítios que visitava neste mundo virtual e vou continuar a fazê-lo, mas escrever e retribuir visitas com comentários tornou-se muito violento para a minha disponibilidade de tempo. Estava a formar-se um novelo muito grande para o meu pequeno tear. Vou embora com a convicção de que criei laços com empatias, cumplicidades e até amizades com pessoas que não conheço, mas no fundo, no fundo tornavam-se vazias porque imperava somente a força das palavras e faltavam a fundamentação e o conhecimento real. Enfim, os olhos nos olhos. Com estas brechas corria o risco, porque me conheço bem, de dourar estes conhecimentos virtuais e mais tarde vir a sofrer decepções, porque todos sabemos que "nem tudo que luz é ouro" e a importancia que tem a convivência mundana para a solidificação e construção de relacionamentos. É no nosso dia a dia e na luta constante das nossas vidas que devemos encontrar o nosso caminho, as nossas amizades e as nossas "almas gémeas". A todos os que me leram os meus agradecimentos pela paciência e pelo carinho demonstrado. Creiam que não inventei, escrevi somente aquilo que senti, vivi e sobre as minhas convicções.Encoberto na capa do blog senti mais avontade para me despir, do que o faço na minha vida, pois sentia-me mais protegido. Por sugestão do meu e nosso amigo Terra&Sal e porque acho boa ideia, vou deixar o endereço do email do blog para que quem queira e precise de contactar comigo o faça sem qualquer constrangimento, pois como cantava o meu camarada Zeca Afonso "seja benvindo quem vier por bem", terá de mim sempre um acolhimento amigo. Algumas vezes andarei a saltar por aqui, para matar saúdades, para beber a sapiência dos vossos escritos, para comentar e vos saúdar com um olá ou um sorriso. Será tão dificil sorrir?! ATÉ SEMPRE COMPANHEIROS. arautodaria2@hotmail.com

20070224

ATÉ UM DIA CAMARADA...

Quase trinta anos...tantos anos passados, mas da minha memória jamais se apagará uma célebre viagem a Setúbal. Saímos de madrugada, ainda não havia auto-estrada, eu como pendura inabilitado e desnecessário devido à minha tenra juventude, lá ia empolgado apesar da filas de carros e camiões, sem me pesar este longo caminho, pois sentia-me feliz por saber que iria conhecer e conviver com um mito, o meu ídolo. Passámos por Lisboa, pois o Fausto esperáva-nos em sua casa, aonde o encontrámos e acordámos de um sono rápido, seria suposto que o Zé Mário Branco estivesse com ele, mas o Fausto estremunhado disse-nos que o Zé viria com um amigo do Redondo directamente para Aveiro.Ficámos preocupados porque o Sérgio Godinho já nos tinha decepcionado com a recusa de vir á ultima hora, o Fausto entre um duche rápido e o vestir de umas calças e uma camisa, tranquilizou-nos dizendo que o Zeca nunca falha. Já na estrada a caminho de Setúbal o caminho foi longo, a ansiedade, a angústia e a incerteza eram dilacerantes para mim, não me lembra de ter aberto a boca ou ter esboçado um sorriso com as piadas joviais do nosso novo companheiro, este ia ensinando o caminho até que chegámos à casa do " Símbolo da Liberdade" (o homem das canções do meu pai, o poeta que tanto me encantava, o cantor que tanto me fascinava, o meu ídolo, que de tanto o ouvir desde criança já trauteava todas as suas canções, o homem da liberdade, da fraternidade e da igualdade que continua vivo na minha casa, pois os meus filhos adoram-no, porque a pedido deles adormeciam muitas vezes ao som das suas canções. O homem que marcou a história da cultura portuguesa, o homem livre que nunca se deixou amarrar por teias partidárias, o homem de causas e valores, o poeta, compositor e cantor, desprendido de bens materiais, que entregou a sua vida á cultura, à liberdade e à defesa dos mais desfavorecidos). O carro parou perto da sua casa, eu vi-o logo e exclamei, " está ali e vai embora...!", mas não, o Zeca passeava nervosamente junto à sua casa, o Fausto conhecedor do companheiro avisou, "está com o mau feitio...mas passa logo". As apresentações foram feitas, perguntou pelo Zé, dada a explicação, ficou satisfeito, pois a viagem assim seria melhor, brincou irónicamente com a ausência do Sérgio sem deixar de ser crítico, eu mantinha-me calado e incrédulo com o encontro, só pensava que iria viajar e privar com ele muito tempo e ainda ia ser brindado com a sua actuação ao vivo pela primeira vez. Era tempo de embalar a trouxa e zarpar, pois a viagem era longa, já na estrada e mais solto o homem dos "vampiros" vira-se para para trás e atira: "- Ó puto tambem já andas nisto?! "-Fiquei siderado e timidamente disse: "- Já senhor Zeca Afonso." "Senhor..! Ó rapaz nunca mais me trates por senhor, eu quero que sejas meu camarada e os camaradas, são camaradas, não têm idade e tratam-se sempre por tu." Galhofada geral, apesar de tudo senti-me emproado como um pavão e orgulhoso pensei no que ele me disse e fiquei a idolatrá-lo mais. A viagem passou num ápice, perto de Coimbra sugeriu que fossemos lá lanchar, anuímos e parámos, não tinha preferência por nenhum café, só o queria fazer na rua Direita.Já na mesa do café disse-nos que já não cantava em Aveiro desde o Congresso, que se sentia ligado á Cidade aonde nascera e que apesar de não ligar nada a futebol, ficava sempre contente com os triunfos do Beira.Estava feliz e expansivo, deliciou-nos com histórias da sua vida. Já em Aveiro depois de jantarmos, esperava-o o auditório da Gulbenkian apinhado de gente, todos eles eram estrelas, mas ele sem querer era a mais cintilante. Manuel freire, Fausto e Zé Mário Branco começaram a aquecer a plateia, estava a chegar a sua vez, nos bastidores dou com ele sentado no chão com convulsões, fico apavorado, tento pedir ajuda, o Fausto vendo a minha aflição, agarra-me fraternalmente e diz-me que é sempre assim antes das actuações, aconselha-me calma, mas fico intrigado porque ninguém faz nada, avisado que era a sua vez sobe para o palco e por magia tudo passa e solta a sua voz como nunca para gaúdio de todos. Foi um espectáculo memorável e um dia para mim tão cheio e gratificante que nunca na vida esquecerei. Fez ontem 20 anos que nos deixou com tanto e tão pouco, pois estou convencido que se durasse mais tempo muito mais vasta e rica seria a sua obra. A sua Cidade como já é habitual não se lembrou dele, quando todas as cidades o querem adoptar, estes esbilros que estão no poder, desprovidos de qualquer sentimento e de nível cultural, primaram pelo ostracismo. A diarreia mental de que padecem, não lhes deu visão para analisar que este homem, está acima de qualquer ideologia ou credo, foi um vulto de valores e honra seja feita a muitos democratas de direita, que não tiveram pejo e complexos de elogiar a sua obra e a sua personalidade. Mas esta direita no poder no nosso burgo, alem de asininos tem tiques saudosistas dos fascistas. Mas tu Zeca, que recusaste a Ordem da Liberdade, também não ias gostar de te ver laureado por esta espécie, ficarás muito mais feliz por saberes que o puto que conheceste da tua terra e tantos outros que beberam de ti alguns valores e são livres, não tem que dar explicações quando atiram à direita ou á esquerda em defesa da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Já são muitos como tu, que na hora de lutar e votar, o fazem no mal menor. ATÉ UM DIA CAMARADA.

20070217

A PÉROLA DE CANDAL.

Carlos Candal esta semana no seu estilo desbocado, brindou-nos com uma frase sentida, na qual se pode aferir com toda a legetimidade, a sua sede de poder e a vontade de protagonismo que se esfuma a cada dia que passa, pois já ninguém o leva a sério tanto a nivél nacional, como na sua própria cidade, pela qual tem feito pouco ou nada, nos mais de trinta anos que leva a coçar as cadeiras do poder. Numa entrevista dada a uma rádio local e transcrita no Diário de Aveiro, vem o Candal arvorar-se em líder dos aveirenses e a defender que os centros de decisão devem ser dirigidos por nados e criados, pois todos os outros residentes são paraquedistas, esquecendo-se que a obra realizada por estes na cidade e pelos seus descendentes é assinalável e a quem Aveiro deve muito, sendo esta gente a maioria da população e portanto a maioria do eleitorado. Mais verborreia sobre possíveis candidatos a Presidentes de Câmara e às alianças partidárias possíveis, nos candidatos fala em três, dois dos quais de valor incontestável e do seu filho se for tolo, um jovem de trinta e tais anos, já com uma subvenção de reforma, pois teve o cuidado de o introduzir no Parlamento com tenra idade, não o deixando sequer acabar a formatura, tendo por isso uma experiência de gestão assinalável ( pois sempre soube gerir os milhares de euros que ganha na Assembleia da República), mais que suficiente para gerir os destinos dos Aveirenses. Sobre as alianças diz que o PCP e o BE, pouco lhe poderiam trazer, mas ao ser interrogado sobre uma aliança com o CDS diz: PODE PERFEITAMENTE ACONTECER. AQUI E A NÍVEL NACIONAL; OU AINDA NÃO VIU ISSO ? Sobre esta preciosidade, qualquer pessoa de ESQUERDA só pode sentir repulsa e desdém, pois este "fala-barato" já esqueceu os seus possivéis MESTRES, Mário Sacramento, Álvaro Seiça Neves e tantos outros, que ao ouvirem esta pérola em qualquer sítio onde estejam, não poderão deixar de sentir o mesmo que qualquer pessoa de esquerda e lamentarem o tempo perdido com ele. Este homem deixou de ter valores e vende-se por um "prato de lentilhas".