Oficial encarregado de conferir e verificar os títulos de nobreza, de declarar a paz ou a guerra e de fazer proclamações solenes.

20060924

O NOVO ROSTO DA JUSTIÇA

O novo Procurador Geral da República, é um homem nascido em Almeida, distrito da Guarda, na década de 40. Beirão de sete costados e calejado por uma infância, que não terá sido fácil, pois no seu tempo depois da 4ª classe, todos os meninos que quisessem e pudessem prosseguir os estudos, tinham que se deslocar para a sede do distrito, ficando assim privados do amor e carinho dos pais aos 10 anos. Sendo esta a realidade do interior profundo nessa altura, teve que crescer depressa, para se fazer Homem. Mas não é a biografia deste homem, que me impulsionou a escrever estas linhas. Desejo acima de tudo que faça a sua obrigação, justiça igual para todos neste País, aonde esta tem andado pelas ruas da amargura e nem sempre somos tratados da mesma maneira. A sua nomeação foi quase consensual, mas eis que o Vice Presidente do Conselho Superior da Magistratura, vem a público a criticar. Porque julga que as relações entre PGR, CSM, não venham a ser as melhores, como as excelentes, que existiam com Souto Moura. Como cidadão leigo na matéria sinto, como a maioria dos Portugueses, que a justiça com as amizades existentes nestes órgãos e o Supremo Tribunal de Justiça, não resultaram, nem funcionaram, pois até provocaram uma regressão, neste mandato que acaba de cumprir o ainda PGR. Pelo que me é dado saber, o excelente Magistrado Pinto Monteiro, tem todas as faculdades para fazer um bom mandato e nós acalentamos esperanças renovadas, para termos no futuro melhor JUSTIÇA. Para assim ser tem que se dignificar e credibilizar os nossos Juízes e Tribunais, nem que para isso seja preciso afastar alguns Tentar resolver os casos tristes como “Casa Pia e Apito Dourado” em que os arguidos com sinais evidentes, se dão ao luxo de pedir indemnizações ao Estado. Atacar a corrupção e tentar diminui-la ao mínimo já que erradicá-la é impossível. Avançar para auditorias a ministérios e autarquias e limpar todos os sinais menos claros que vão passando para a opinião pública. Resolver os escândalos de Autarcas eleitos e com processos nos tribunais. Em suma, uma “Operação Mãos Limpas” neste País e todos nós no futuro, sentiríamos orgulho de sermos portugueses. Limpar a fraude fiscal desde os grandes “grupos económicos”, até ao cidadão comum. A nossa democracia não pode permitir casos como o “Blue Rose”, do tempo do fascismo. Ao novo PGR temos que desejar vida, saúde e coragem para que seja o Homem que todos ansiávamos: UM HOMEM SEM MEDO.

6 Comments:

Blogger Saramar said...

Arauto, boa noite aqui e bom dia aí (risos).

Espero sinceramente que o desejo de todos os portugueses expresso nesta sua última frase se realize e que o seu país possa se orgulahr de ter na defesa das instituições um "homem sem medo".
Por aqui, felizmente, um dos poucos homens que podem assim ser considerados é justamente o nosso Procurador da República. O resto, meu querido, ou é complacente ou é venal ou é covarde (perde-me, por favor, o vocabulário, mas não há outras palavras para denominá-los).
Desejo boa sorte.

beijos e uma excelente semana para você.

3:01 da manhã

 
Anonymous Anónimo said...

Olá.
recebeu meus emails? Espero que sim, assim como espero suas palavras

3:11 da manhã

 
Blogger Migas (miguel araújo) said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

10:03 da tarde

 
Blogger Migas (miguel araújo) said...

Viva Arauto
É interessante a forma como relaciona a anterior ligação PGR e CSM.
De facto tenho que concordar consigo.
É preocupante que a Justiça em Portugal se faça apartir das amizades.
Do quem não é por mim é contra mim.
E não pela nobre e democrática razão de aplicar imparcialmente a Justiça e a Lei.

Por outro lado, este seu optimimo faz-me lembrar toda a panóplia de adjectivações e optimismos aquando da nomeação de Souto Moura. E foi o que se viu.

Não sei se conseguirei depositar tanto optimismo na actual justiça lusa.
prinicpalmente quando se procura que a função do PGR seja a de velar pela justiça de forma isenta e independente.
E essa independência ainda acreditaria nela se a nomeação do PGR fosse exclusivamente dependente do PR. Mas com tanto pacto de regime e sob proposta do governo, onde pára a independência do poder político?!
A ver vamos, meu caro.
Um abraço

10:07 da tarde

 
Blogger Arauto da Ria said...

Caro Miguel:
Estaremos nós condenados a viver sempre nesta incerteza.
Vamos ter fé e esperamos que este
seja o HOMEM. Eu acredito que o futuro PGR vai abanar com isto e se o deixarem não vai facilitar, mas se não o deixarem eu julgo que se demite.
Um abraço.

12:11 da manhã

 
Blogger Luís said...

É, sem dúvida, o que se espera da pessoa que ocupa esse cargo: não ter medo. Do poder estabelecido. Das ameaças. De chocar. De admoestar os colegas que não cumprem as suas funções nos termos da lei. Não ter medo.

12:00 da tarde

 

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